Geração Anos 80

Os anos 80 foi um período marcado por turbulências políticas e sociais no Brasil. Em um momento de ditadura sob o regime militar, o rock integra-se aos jovens brasileiros inconformados com a situação da época, trazendo letras fortes e contestadoras.

Utópicos Urbanos

Nesse estilo, o evento Geração 80’s, realizado no ateliê Casa Aberta no centro de Vitória no último sábado (23), contou com a irreverência da banda cover oficial do Barão Vermelho, os Utópicos Urbanos. A banda é formada por Emerson no vocal, Luis de Paula na bateria, Anderson na guitarra, Guilherme no baixo, Paulinho no teclado e Júlio na guitarra.

Utópicos Urbanos nasceu em 2008 e estreou com o primeiro show no dia do aniversário do vocalista, Emerson, 13 de setembro de 2008. “Ele nunca se esquece, foi no aniversário dele” conta Luis de Paula.  O grupo está nessa formação há um ano e, em abril de 2009, fez uma participação no show do Barão Vermelho no BarrAcústico, em Vila Velha. “Uma noite inesquecível”, disseram.

Emerson foi o fundador do grupo. Os outros integrantes passaram a curtir o som do Barão por influência dele, buscando até mesmo as músicas menos ouvidas. O motivo pelo qual Emerson montou a banda foi “vontade de fazer uma homenagem ao Barão Vermelho” conta.

Em 2007, o Barão Vermelho parou de tocar sem previsão de volta. Os Utópicos querem manter viva a obra da banda que marcou gerações.

O repertório é composto por músicas do Barão misturadas com as de outros artistas, como Rita Lee e Angela Ro Ro.  É o clássico do rock brasileiro dos anos 80. Mas também há espaço para o rock internacional de Rolling Stones e Pink Floyd.

A roupagem do cover feito pela banda tem um toque original. “Nós não nos vestimos como o Barão, somos o Utópicos, só que cantamos as músicas deles”, diz Emerson. Nessa linha, a banda segue até 2011 como cover. Porém, já pensam em incluir nos shows composições próprias, já que os integrantes do grupo também compõem. Eles têm vontade de gravar um CD.

O que chama atenção no show dos Utópicos é que o vocalista, ao cantar as músicas, conta algum fato histórico como a data ou algo interessante sobre o período em que a música foi feita. Ele é professor de História e diz que o público gosta. Realiza uma pesquisa sobre a banda e as músicas antes das apresentações. “A galera gosta porque não conhece” explica.

E é verdade. Os amigos Karina Costa, Roberto Siqueira e Natalia Moscardi que estavam no evento confirmam: “gostei muito do show” disse Andréia Pimentel que também não conhecia a banda. “Eu adoro o Barão”, disse Karina.

Cenário capixaba

Quando perguntados quanto ao cenário capixaba, a resposta foi uma só. “Há muita banda boa, O que não tem é casa de show para rock’n’roll. E tem público para isso”. O que mostra uma deficiência ao nosso Estado, uma vez que “tende-se a valorizar o que não é daqui”, diz Guilherme. Os músicos capixabas fora do estado são muito bem vistos.

Casa Aberta

O evento contou com os outros tipos de arte, mas tudo voltado para os anos 80. O DJ Fabrício tocou hits dessa época, como Michael Jackson e Cindy Lauper.

Astrid Malacarne

Foto: Acervo da banda

Edição: Viviane Machado

 

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