Vitrine que expôs erros e acertos

Você sabe o que são covers?, Quero estudar música, e agora?, Made in Japan e Preciosidade. Das dezoito matérias do Vitrine do Som, quatro possuem títulos vagos e sem criatividade. Títulos que não incentivam os leitores a ler as matérias. O segundo citado, então, de responsabilidade da autora Viviane Machado e da editora Astrid Malacarne, tendeu ao “salve-se quem puder!”.

No caso dessa matéria, especificamente, não apenas o título deu-se desesperado, mas a pauta em si. Por falta de um maior planejamento de todos da equipe do blog, uma pauta incoerente com a linha editorial do Vitrine, mesmo com boa cobertura e importantes informações, gerou uma das duas matérias semanais.

Equipe que falhou também em outros aspectos. Apenas oito matérias possuem fotos produzidas por integrantes do Vitrine do Som. As outras dez são representadas visualmente por fotos dos arquivos dos artistas, o que demonstra indícios do preocupante jornalismo preguiçoso. A cobertura de Viviane Machado e Isabella Mariano para a matéria Made in Japan, então, nem fotos continha.

Som para depois do expediente, de Isabella Zonta, acabou erroneamente desviando o foco, que era o projeto Agora às 7, à uma das apresentações musicais do projeto, a de Jair Rodrigues. O texto afirmativo da matéria Duas bandas, o rock e Jesus Cristo, por Isabella Mariano, tornou-se incoerente com a ética de matérias jornalísticas. “São essas as características do gospel e não há como não agradar se a música for bem feita, possuindo uma mensagem tão positiva”, se nem Cristo conseguiu agradar a todos, como a música destinada aos seus feitos e palavras vão agradar a todos? A autora acabou concluindo algo que cabia ao leitor concluir. Já a matéria Não deixe o samba morrer, de Henrique Montovanelli, apresentou apenas um grupo de samba de vários do estado, não aduziu, assim, mesmo não sendo a intenção inicial da pauta, o cenário do samba capixaba, o que a tornou menos interessante.

Faltou comprometimento ao Vitrine do Som na sessão Trilha Sonora, que à principio teria um vídeo postado periodicamente por semana, e na sessão Musicando, que contava ter postagens diárias, o que não se fez. Ainda há a agenda do blog, quase sempre desatualizada.

Se somarmos, no entanto, o saldo do trabalho realizado ao longo de nove semanas pelo blog experimental Vitrine do Som, veremos que foi positivo. As pautas foram, no geral, diversificadas, apresentando locais, projetos e grupos musicais interessantes do Espírito Santo. Ao certo não modificou a cena capixaba musical, o que carece de maior vontade, valorização e apoio político e social, mas dessa forma, conseguiu ao menos realizar um bom trabalho.

Ombudsman do Vitrine do Som

 

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